Professora Vanda Ramalho participou no XVI Congresso Internacional de Antropologia, na Universidade da Corunha, Espanha.
Em representação do Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social e Intervenção Social (CLISSIS), a Professora Doutora Vanda Ramalho apresentou, no dia 6 de setembro, uma comunicação no XVI Congresso Internacional de Antropologia da Associação de Antropologia do Estado Espanhol (ASAEE), realizado na Escuela Técnica Superior de Náutica y Máquinas da Universidade da Corunha, em Espanha.
A docente do mestrado e do doutoramento em Serviço Social da Universidade Lusíada integrou o painel temático "El deporte ¿ no tiene fronteras?", coordenado pelos Professores Gaspar Maza e Xavier Camino, com a comunicação "Motricidade social: identidades juvenis e culturas sociodesportivas no bairro Padre Cruz", no seguimento do tema desenvolvido na sua tese de doutoramento – "Craques de bola, mandinga e piruetas: experiência sociodesportiva e identidades juvenis no Bairro Padre Cruz".
As Ciências Sociais têm mostrado um crescente aumento de interesse pela temática da inclusão social no e pelo desporto e a Professora Vanda Ramalho aborda na sua comunicação, a importância da experiência sociodesportiva na construção de identidades, culturas e espaços informais de capacitação juvenis, em contextos de vulnerabilidade social, recorrendo à observação in loco num ‘bairro social’ de Lisboa, o Bairro Padre Cruz. O objetivo é compreender os múltiplos contextos onde as identidades juvenis se desenvolvem, as trajetórias, comunidades e sociabilidades, a vivência e tentativas de superação das vulnerabilidades, nos espaços informais do lazer desportivo, de modo a promover a inclusão social e também como apoio ao desenvolvimento de ferramentas teórico-práticas no campo do Serviço Social comunitário e em contexto urbano.
Organizado pela Associação Galega de Antropologia (AGANTRO), o congresso, que decorreu de 5 a 8 de setembro de 2023, focou-se numa exploração conjunta do tema “Non hai fronteiras?”, questão que se evidenciou com a Covid-19, mas que hoje importa investigar outras “pandemias”, de etiologia e natureza muito diferentes. Atualmente, a humanidade sofre com várias formas de violência: pobreza; corrupção; mudanças climáticas e degradação ambiental; desigualdades de géneros; movimentos forçados de pessoas; e saúde mental, entre outras. São alguns dos grandes problemas que caracterizam o nosso tempo, e são globais e persistentes, e causam tanta ou mais dor e sofrimento que as pandemias virais, e envolvem a problematização das fronteiras em toda a sua amplitude semântica.
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Fotografia do banner: Professora Doutora Vanda Ramalho.(© Nélson Ramalho, 2023)
